Ensino Médio discute resistência à vacinação no “Atualidades em Debate”

Com o aumento do movimento antivacina, o tema tem grandes chances de cair nas redações dos principais vestibulares.

O movimento antivacina foi apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das 10 grandes ameaças à saúde em 2019, o tema tem ganhado força por meio de um grupo que alega, sem base científica, que a vacinação traz malefícios para a saúde.

Com grandes chances de ser tema da redação do Enem e de importantes vestibulares, “Resistência à vacinação e a queda da imunização no Brasil” foi o tema do último “Atualidades em Debate”, mediado pela professora de Biologia Marlene Vieira, que também é farmacêutica, mestre em Bioquímica e doutora em Saúde Coletiva.

De acordo com Marlene, os alunos já sabem o que é uma vacina, pois o assunto é tratado nas aulas de Biologia e Geografia, mas a intenção era direcionar o assunto para outro lado. “No Atualidades em Debate o enfoque foi mais social e político por conta da queda nos números de vacinação e dos dados fornecidos pela OMS”.

Em fevereiro deste ano, 13 casos de sarampo foram confirmados dentro de um navio que desembarcou em Santos. “Esta e outras doenças eram consideradas erradicadas, mas a resistência à vacinação, resultado da propagação de boatos que desinformam o cidadão, acabou resultando em sua reaparição. A vacinação é uma questão de saúde pública, envolve o debate sobre educação, políticas públicas e comunicação”, finalizou o coordenador de Ciências Humanas e Artes, Bruno Joaquim.

De olho na redação

Confira as dicas para elaborar um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema:

– Abordar o que é uma vacina;

– Citar a importância das vacinas na prevenção de doenças;

– Falar sobre o histórico das manifestações contra as vacinas;

– Relacionar a redução da cobertura vacinal no mundo e no Brasil e o retorno das doenças quase extintas, como o sarampo;

– Estatuto da Criança e do Adolescente: abordar a obrigatoriedade de vacinar as crianças segundo o estatuto, de acordo com o calendário proposto pelo Ministério da Saúde;

– Propor intervenções possíveis: Educação dos profissionais da saúde e da população em geral sobre a importância das vacinas.